Agrolândia
Agrolândia - SC
Histórico
História
O Município de Agrolândia teve duas etapas distintas de colonização. No ano de 1911, dois irmãos, Ricardo e Domingos Alves Paes e alguns familiares, vindos do município de Lages, descobriram as terras da comunidade hoje denominada Serra dos Alves. Procederam então o desmatamento e o plantio de milho e feijão, que colheram em abundância. Conta-se de alguns conflitos com índios que viviam nas redondezas, fizeram com que os mesmos descessem o rio em direção à Ibirama e vizinhanças. Em 1913 as família Alves Paes vieram residir definitivamente no local, dando origem a seu nome. Já os primeiros descendentes de alemães que formavam a terceira geração dos povos pomeranos e hamburgueses que colonizaram o Médio Vale do Itajaí, chegaram aqui por volta de 1916, para verificação das terras, Mas só em 1917 vieram as primeiras famílias residirem na localidade, que de início denominou-se Trombudo Alto. "Trombudo" porque seu rio tinha muitas curvas semelhantes à uma tromba e "alto" por estar próximo à Serra Geral. Foram estes pioneiros: João Will, Eduardo Will, Otto Zwicker, Otto Prochnow e Leopoldo Prochnow. Mais tarde os pioneiros foram seguidos por outras famílias de colonos oriundos dos núcleos de colonização italiana de Rodeio, Rio dos Cedros e arredores, dando início a uma nova comunidade. Em 1958, Trombudo Alto, como era chamado, tornou-se distrito de Trombudo Central e, em 12 de junho de 1962, através da Lei Estadual nº 831, passou a categoria de Município, e com o nome de Agrolândia. A data de comemoração da emancipação político-administrativa é no dia 25 de julho, sendo feriado municipal. O nome do Município origina-se de AGRO = agricultura e LÂNDIA = cidade.
Histórico do Casarão
O "Casarão", muito mais que um prédio histórico, representa o coração do desenvolvimento de Agrolândia. Sua Construção, ao longo de três décadas, relata a história do município, o empreendedorismo, a sabedoria e o senso de prosperidade dos filhos da terra.
Com a chegada dos anos 20, chegaram também novos imigrantes. Proporcionalmente cresceu a necessidade de artigos de consumo. Assim surgiram as "vendas" onde os produtos puderam ser negociados ou trocados por artigos de primeira necessidade.
No km 15, hoje centro da cidade, Oscar Zwicker, comprou terras. Era o filho mais velho de Otto Zwicker sênior, um dos pioneiros, colonizadores do município.
Já no início dos anos 20, Oscar Zwicker iniciou a construção do que seria hoje o nosso "Casarão", abriu uma pequena venda e um açougue, edificando a primeira parte do prédio. O modesto negócio prosperou.
Ele era um trabalhador árduo, econômico, e circunspecto, mas íntegro no seu procedimento. Ajudava muitos colonos com crédito e dinheiro. Tinha um grande conhecimento da natureza humana e um bom senso prático.
Na década de 30 ingressou na área de fecularia, em fins de 36 a fábrica estava pronta, enquanto o prédio também aumentava em área construída, a pequena venda se transforma em armazém de secos e molhados, abrigando loja de tecidos, confecções, chapéus e armarinhos.
Então, na década de 40 começou expandiu seus negócios também para a área madeireira no município de Lages. Não havendo estradas de acesso, era necessária a compra de áreas desmatáveis sufucientes para a implantação das serrarias. Enquanto isso, a última parte do "Casarão" fica pronta.
Seu patrimônio agora envolvia casa comercial, leitaria, funilaria, matadouro, fecularia e moderna serraria, além de várias centenas de milhares de pinheiros. Nem a Segunda Grande Guerra, nem crise alguma abalaram o império.
O "Casarão" abrigava então o armazém de secos e molhados, loja de confecções, tecidos, chapéus e armarinhos, açougue, os escritórios da empresa e ainda cedia gratuitamente salas para o funcionamento do cartório e exatoria.
Os agricultores vendiam sua produção e deixavam seu dinheiro na empresa, para ser reinvestido, como um banco, tamanha era a credibilidade e confiança que depositavam no empresário. Era um defensor do desenvolvimento local, de tal maneira que era constantemente procurado por pessoas com interesse em montar algum negócio e por agricultores querendo ampliar suas produções. Fornecia empréstimos em dinheiro ou facilitava a compra de terras a um menor preço.
Em 1962, fez uma viagem de negócios para Blumenau e Itajaí, adoecendo repentinamente, veio a falecer. Seus descendentes continuaram a dirigir a empresa., até sua extinção.
As edificações permanecem, até hoje, de propriedades particular e públicas, como o nosso "Casarão", testemunhando uma época histórica de progresso e desenvolvimento.
Turismo do Município de Agrolândia

Proprietários de casas particulares e comerciantes empenham-se em restaurar os imóveis históricos em cada uma das ruas largas e arborizadas de Agrolândia. A ideia é manter as características trazidas pelos primeiros imigrantes alemães, em contraste com as construções modernas. Arte e ecologia formam um agradável conjunto para o visitante no Vale das Artes, repleto de cachoeiras cercadas pela exuberância da mata nativa. Em uma das trilhas pode-se apreciar inúmeras esculturas entalhadas em pedras de arenito pelo artista autodidata Volnei Sandro Becker. Outra trilha leva até uma bela cachoeira, cercada pela mata nativa, que fica junto ao Sítio Aquático Becker, na localidade de São João, a 05 km do centro.
Além disso existem diversos pesque-pague no município, como o Sítio Água Rica e o Pesque-Pague de Trutas, no qual as águas geladas e cristalinas da localidade de Serra Velha são criadas trutas em meio à mata nativa preservada.
Agrolândia também preserva seus atrativos culturais para que os visitantes possam viajar pelo passado, como por exemplo, o prédio da Prefeitura Municipal, além dos casarios espalhados em várias regiões do município, também não se pode deixar de falar de sua gastronomia típica alemã que é passada de geração em geração.
Outro ponto forte é o turismo através da Acolhida na Colônia que foi criada no Brasil em 1998 e é uma associação de agricultores integrada à Rede Accueil Paysan (atuante na França desde 1987) que tem a proposta de valorizar o modo de vida no campo através do agroturismo ecológico. Seguindo essa proposta, os agricultores familiares de Santa Catarina abrem suas casas para o convívio do dia-a-dia no campo.